O Japantown é um lugar super divertido para explorar na cidade de São Francisco. São apenas 6 blocos que concentram uma variedade fascinante de lojas e restaurantes autênticos que permitem qualquer visitante fazer uma viagem rápida a Osaka e mergulhar na cultura japonesa. Vem conhecer o Japantown de San Francisco com a gente, um tour com direito a várias “esquisitices” deliciosas e muitas descobertas.
O que fazer no Japantown em San Francisco
1. Comprar produtos típicos do Japão
O que não falta no Japantown são opções de lojas com produtos típicos. Se você nunca foi pro Japão, vai ser uma delícia explorar uma por uma das lojinhas e entender mais sobre a cultura local. Se já conhece o país, poderá não só relembrar como comprar itens que vão desde roupas e maquiagens até ingredientes culinários. As principais lojas e restaurantes ficam concentradas na Post Street, entre as ruas Fillmore e Laguna nos shoppings centers construídos ainda na década de 60. Tem o East Mall (Miyako), West Mall (Kintetsu) e Kinokuniya Mall. Embora sejam 3 complexos comerciais diferentes, eles são relativamente pequenos com várias lojinhas bem tradicionais. O passeio é bem agradável e em torno de 2 horinhas, você consegue visitar tudo.
Algo interessante que aprendi durante minha visita, foi reparar no fenômeno “kawaii”. Sabe aqueles ursinhos que encantam as crianças e soam super brega pros adultos? Eles fazem parte do que os japoneses traduziriam como “fofura”, e é atualmente uma grande parte da cultura popular japonesa. Portanto, Kawaii engloba todas as criaturas ultra “fofas” de Hello Kitty à Pikachu mais todos os acessórios com olhos grandes, filhotes e cor de rosa 😛
Uma das lojas que não pode passar despercebida na sua visita é Daiso, uma cadeia de lojas japonesas que vendem todas as quincalharias imagináveis por 1,50. Você vai ver várias delas espalhadas pela Califórnia, mas a do Japantown é top, e tem muitos produtos típicos Japoneses – made in China 😛 Quero ver você resistir ao Pocky com wasabi, bala de coca-cola e ursinhos panda recheados. Hmmmm.
Adorei a loja Mai Do Fine e fiquei curiosa pra testar uns comésticos, pensa num povo criativo! 😛
2. Experimentar comida Japonesa
Óbvio que não dá pra visitar o Japantown sem se esbaldar na gastronomia Japonesa. O complexo de shoppings chamado também de Japan Center tem vários restaurantes autênticos. A maioria deles são encontrados na área chamada Restaurant Row no West Mall. Além disso, basta dar uma voltinha nas ruas vizinhas pro cheirinho abrir seu apetite. Se você curte ramen, sushi e hibachi certamente este é o local imperdível para se deliciar.
O Isobune é um dos restaurantes mais populares do local. Os proprietários patentearam o mecanismo onde os pratos passam nas esteiras com pequenas porções e os clientes podem pegar os itens da sua preferência pagando de acordo com o consumo. Segundo eles são pequenos barcos de sushi que passam em torno dos chefs 😛 Cada prato tem uma cor e cada cor um preço diferenciado. É barato e irresistível 😉 Gastei $12 com taxas e saí de lá bem satisfeita. Isso sem contar que a Sapporo – cerveja típica, custa apenas $4.
O Hibashi, que os clientes sentam ao redor da chapa enquanto os chefes preparam as refeições no meio, também é um dos favoritos de lá. Se você gosta de ramen, é bem provável que tenha que voltar no bairro e se quer provar de tudo em um único dia, a dica é fazer um dos tours gastronômicos pra provar em torno de 6 lugares num único dia. Não tenho nenhum específico pra recomendar, mas basta Googlear que chovem opções deste tipo de passeio.
A modinha em termos de gordices rola solta no Japantown para quem gosta de doces, um dos locais imperdíveis é o Belly Good Cafe and Crepes que oferece a tal panqueca recheada coberta por sorvete em formato de ursinho. “Kawaii total” 😀 Tem também o Chocolate Chair onde os visitantes se divertem soltando fumaça pelo nariz com o Dragon Breath, o sorvete de nitrogênio e por último e mais imperdível ainda, tem os matchas, o sorvete verde que conquistou as meninas que buscam likes no Intagram. O sorvete tem gosto de chimarrão e vem servido numa casquinha em formato de peixe. Eu tive que experimentar pra entender, mas digo que é só bonitinho, porque não tem nada de gostoso e certamente não vale $6ish. Neste post tem um resumão bem legal dos restaurantes do bairro e logo ao lado do shopping tem um mercado com produtos típicos para quem quiser fazer umas comprinhas.
3. Relaxar em um espaço zen
O centro do Japantown é caracterizado pela Praça da Paz com a imponente Peace Pagoda. A cidade de Osaka, no Japão, presenteou San Francisco com este monumento ainda em 1968. Naquela época, os locais chamavam a praça da paz de casa, pois a área ao ar livre cheia de banquinhos, segundo eles, faziam se sentir no Japão.
Na primavera, o local fica ainda mais harmonioso com as cherry blossom, flores que levam o nome do maior evento do bairro. No Cherry Blossom Festival você pode experimentar a comida japonesa tradicional enquanto assiste várias apresentações típicas, além de. Você também terá a aprender sobre a antiga Cerimônia do Chá 😉
Para quem quer relaxar com classe, o lugar top do local é o Kabuki Springs & Spa que é casa tradicional de banhos japoneses. Não vale levar celular, nem conversar, ali o negócio é zen. Os tratamentos incluem banhos, saunas a vapor e vários tratamentos de saúde incluindo massagens. Fiquei louca pra testar 😉
A minha loja favorita por lá é a Katsura Garden, que tem diversas plantas incríveis e é especializada em bonsais. Uma maneira bem bacana de levar um pouco de calma pra casa!
4. Conhecer a história do Japantown em San Francisco
Este bairro histórico é o maior e mais antigo dos três Japantowns que hoje restam nos Estados Unidos, conhecido também como Little Osaka. Os outros dois que ainda existem no país ficam na Califórnia, em Los Angeles e San Jose.
Esta área costumava ser o centro da comunidade japonesa em San Francisco antes da Segunda Guerra Mundial. Os primeiros imigrantes nipônicos ou soko, chegaram à cidade há mais de 160 anos atrás, concentrando-se principalmente no Chinatown.
Depois do grande terremoto de 1906 que quase destruiu a cidade, parte destes imigrantes e descendentes se mudaram para o Japantown devido a uma política de reassentamento da cidade, fazendo o bairro uma das maiores concentrações de japoneses fora do Japão, ao lado bairro da liberdade em São Paulo.
Quando a marinha japonesa atacou Pearl Harbor em 1941, estes imigrantes passaram a ser taxados como inimigos estrangeiros dos EUA, fazendo grande parte da comunidade ser relocada. Assim, a II Guerra Mundial contribuiu para que todo o bairro fosse descaracterizado restando apenas algumas quadras. Você ainda verá um pouco das origens na arquitetura e uma das melhores maneiras de aprender sobre estes fatos é fazer o passeio histórico autoguiado, que é a pé, e cada parada tem uma grande placa descrevendo os eventos que ocorreram no local.
5. Fazer um aula de origami ou comprar um livro de mangá
Um jeito criativo de aprender e ficar imerso na cultura japonesa é também explorar as livrarias. A Kinokuniya é uma rede de livrarias japonesa super famosa e abriu na cidade em 1969, tem um montão de livro de mangá e não só livros japoneses. Qualquer amante da boa leitura pode passar uma tarde inteira por lá, isso sem contar nos produtos típicos que são um barato. Tem duas delas no Japan Center. Além da Paper Three que é incrível.
As livrarias são pouco criativas pra você? Experimente então uma sessão de fotos no Pika Pika, que significa – brilhar. Sabe estas cabinezinhas de fotos de casamento? Então, esta é uma loja cheia delas e você pode não só fazer fotos, como treinar o idioma enquanto estiliza seus clicks favoritos. 😛 xoxuanxá xaxunxá – ok, clique aqui. 😉
O teatro Kabuki também oferece barzinho com cervejas e vinhos e é super popular na região. Tem ainda os karaokês que os locais amam, mas pra quem quiser extender o passeio ou até se hospedar por lá, super recomendo o Hotel Kabuki. A entrada é cheia de jardins com bonsais e basta colocar dar uma espiada para se encantar com os ambientes, inclusive tem um bar super estiloso que é uma desculpa bem bacana para passar umas horinhas e conhecer uma área bem moderna do Japantown.
E eu já falei das casas de chá?