Em uma bela tarde qualquer no Vale do Silício, você está passeando e de repente flagra o carro automático da Google! A primeira reação foi pegar o celular e registrar o momento. Depois disso, perseguimos o carro para ver se aquilo era uma assombração ou mais uma invenção surpreendente deste universo da tecnologia.
Muitos já ouviram falar sobre o tal carro automático da Google e alguns inclusive puderam vê-lo de perto, nós mesmos já fotografamos o carro em uma visita ao Computer History Museum, onde podemos acompanhar a exposição “Where To? A History of Autonomous Vehicles”.
Mas só quem mora no Vale já teve a chance de se deparar com algum deles pelas ruas. Nós ficamos tão curiosos que resolvemos até perseguir um deles!
Entenda melhor sobre essa invenção que promete revolucionar o trânsito ao redor do mundo.
Self-Driving Car – o carro automático da Google
O modelo que flagramos é uma SUV de fabricação em série, adaptada para ser o carro automático da Google. Existem vários sensores ao redor dele, além de algo que parece ser uma grande câmera no teto.
O veículo é identificado pelo logo da Google nas laterais, leva o nome do projeto no vidro traseiro “Self-Driving Car” e o endereço do site no pára-choques.
Apesar de ser automático, durante esta fase, um piloto de testes acompanha a direção para quaisquer eventualidades. Afinal, embora seja equipado para evitar acidentes, o trânsito continua uma loucura, repleto de motoristas que não respeitam a sinalização e muitos distraídos com o celular.
Porque os self-driving cars são importantes
Para alguns pode ser visto como uma comodidade desnecessária. Mas imagine se todos pudessem se locomover facilmente e com segurança, independentemente da sua capacidade de dirigir.
Além das pessoas que não precisariam depender da sua ajuda para ir a lugares o tempo todo, as pessoas poderiam dedicar o tempo no trânsito para trabalhar por exemplo, ou fazer outras atividades ao invés de se concentrar na direção. Mas a grande mudança seria para pessoas idosas, deficientes, principalmente deficientes visuais que poderiam ser mais independentes. Além disso, mais de 1,2 milhões de acidentes acontece no mundo a cada ano, nos Estados Unidos 94% deles são devido a erro humano, com estes carros o número de acidentes poderia ser reduzido drasticamente.
O Projeto do Self-Driving Car
A Google está trabalhando no projeto desde 2009, mas o sonho de carros que dirigem sozinhos já existe há muito tempo.
A ideia surgiu lá na época da primeira Guerra Mundial, mas tudo começou de fato em uma feira chamada New York World’s Fair em 1939, onde os visitantes foram apresentados a uma proposta de auto-estradas automatizadas. Em meados dos anos 2000, a Defense Advanced Research Projects Agency – DARPA, Agência de Defesa de Projetos de Pesquisas Avançadas organizou um grande desafio, onde equipes se reuniram para competir com veículos de condução automática. Em 2009, a Google tirou do papel o projeto de carros automáticos, contando inclusive com membros da equipe que já tinham investido há anos para a criar tal tecnologia.
O objetivo da Google é permitir que os veículos possam transportar seus passageiros para onde eles desejarem, com segurança e apenas acionando um botão. Testes já foram realizados nos em 23 diferentes automóveis existentes, como a SUV da Lexus que flagramos. Logo em seguida a empresa desenhou um novo protótipo do zero, um não, foram 30 deles! Eis que surgiu esse carrinho simpático que você vê na foto abaixo.
A Google mencionou que já foram rodados mais de 1 milhão de milhas em seus carros automáticos e atualmente podem ser vistos nas ruas de Mountain View e San Francisco, Califórnia, além de Austin, Texas e Kirkland, Washington.
Google revela resultados dos testes
Depois de mais de um ano recolhendo dados sobre cada milha da frota de carros automáticos, a empresa está tenta uma noção mais realista de quantas vezes os carros tiveram que ser revertidos do modo automático o de condução manual.
Em um relatório preparado para o Departamento de Veículos Motorizados da Califórnia, a Google relata que houve 272 situações em que seus carros foram desvinculados do modo automático e imediatamente o controle do carro passou para o funcionário da Google no assento do motorista. Em média, a Google diz que o motorista assumiu o controle do carro em 0,83 segundos. O carro já teria batido durante 13 vezes caso não tivesse um pessoa monitorando.
Ao relatar os incidentes que ocorreram entre setembro de 2014 e novembro de 2015, o diretor do Projeto Self-Driving Car relatou:
“Quando o software detecta uma anomalia em algum lugar no sistema, que poderia gerar possíveis implicações de segurança, imediatamente o controle do veículo passa para o nosso piloto de testes”. Chris Urmson.
Curiosos podem inclusive entender como o carro vê a estrada e toma decisões autônomas, segundo Chris explica em uma das suas palestras sobre o carro. No seu relatório, a Google diz que o número de vezes em que o modo automático foi desligado já diminuiu. No final de 2014, os sistemas automáticos foram desligados a cada 785 milhas. Até o final de 2015, os carros tiveram o controle do motorista a cada 5.300 milhas.
Desde que a Google colocou seu primeiro veículo automático na estrada, 53 carros de teste da empresa, rodaram mais de 1 milhão de milhas na Califórnia e no Texas. Durante esse tempo, os carros se envolveram em 17 pequenos acidentes com outros veículos, mas nenhum deles foi causado pelo carro da Google, as colisões reportadas envolveram outros motoristas distraídos que bateram na traseira do carro automático em baixa velocidade, próximos a cruzamentos.
Se tudo der certo, o carro deve estar sendo comercializado no mercado em 2020, os valores ainda não foram publicados.
Você acha que esse projeto vai ajudar a melhorar o trânsito no mundo? Você teria um carro destes? Compartilhe com a gente a sua opinião 😉
[…] relacionada a tecnologia, desde quando os computadores ocupavam salas inteiras até os iPhones, e o carro autônomo da Google. O museu é incrível e imenso. Fãs de tecnologia vão precisar de um dia inteiro para ler e […]
Acredito que melhore o transito. Mas com certeza é algo bastante eficientes para deficientes visuais ou pessoas que não podem dirigir ou ainda não saibam 😀
Beijos e até mais,
Jayane Fereguetti
http://www.ulalahmundo.com